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domingo, 21 de fevereiro de 2016
domingo, 14 de fevereiro de 2016
Projeto Coprofagia I - Release (2013)
Este vídeo foi produzido com os arquivos do Coletivo Chá das Cinco com o intuito de mostrar ao publico das obras produzidas pelos artistas Chico Carneiro e Carlos Dias, autores do projeto. Pequenos cortes de vídeos e fotografias da exposição, que ocorreu em 2013, junto com alguns depoimentos e impressões. Também aparecem as imagens das telas expostas.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
AS CADEIRAS
As cadeiras
Chico Carneiro –
28 de Outubro de 2015;
Foram-se
uma dúzia de cadeiras, seis banquinhos e quatro espreguiçadeiras. Todas
quebradas ao longo de um punhado de meses pelo rodízio de bundas que nelas
sentavam. Dos vinte e dois acentos disponibilizados ainda tínhamos a calçada
que acomodava prontamente quem queria se chegar ao lar e que não havia mais de
pronto, uma bancada para lhe guardar as nádegas. A assembleia era montada todas
as noites e a casa ficava cheia, com pernas que passavam de lá para cá,
entrançando por entre os cômodos da casa. Abria-se geladeira, garrafas de
cervejas. Comiam-se petiscos. Comiam-se. Fechávamos baseados... Muitos
baseados... Tolice a minha acreditar que aqueles transeuntes eram pernas.
Apenas pernas... Eu sabia. Não eram apenas pernas. Tentei não ser um passadiço
de corrimão, um corredor que por obrigação temos que passar rotineiramente em
nossas vidas, tal como seu lugar de trabalho. Não. Não queria que minha casa
fosse apenas um lugar de passagem. Era a minha casa, sempre foi a minha casa e
casa é lugar de para-sempre. Essa tolice foi adquirida pelo gosto da leitura,
do para-sempre lido repetidas vezes ao longo da minha vida. Eu via sempre
aquele final. Nossa! Desculpem-me leitores, às vezes sou romântico em demasia.
Ao
passar do tempo, não bastavam apenas às pernas e as cadeiras, queria os
transeuntes para mim, não queria volume em calçada. Queria volume no coração. O
que eu não esperava é que os donos das pernas e das bundas queria apenas um
lugar, parecido com um lar. Mesmo não sendo convencional, minha casa ainda é um
lugar [que lugar?]. Só que com menos bundas, menos cadeiras. Recebia mais e
mais, um número cada vez mais expressivo de cadeiras... Era uma missa, uma
celebração da amizade sem precedentes naquela casa.
As
primeiras cadeiras que se quebraram foram as que mantinham confortáveis os
medrosos. Elas quebraram logo porque o medo pesa de mais. Foram-se também, logo
em seguida as acompanhantes do medo: os que tinham vergonha. Se bem que quem
tem vergonha de alguém por conta da sua natureza também é medroso. Logo, foram
juntos uns com os outros, num breve intervalo de tempo. Foram-se mais oito.
Quando
a noite chegava eu observava quantas cadeiras estavam a sobrar. Já não se tinha
público para sentar no chão e todos tinham, agora, um lugar garantido. A
sensação era que o número havia se ajustado as condições. Mas, era outra a
condição estatística dos assentos.
Quebraram
mais cadeiras, minguaram-se as razões das assembleias noturnas na casa. A
partir desse momento comecei a me questionar sobre a razão das cadeiras. Por
que tantas cadeiras? Para que tantas cadeiras? Quem são essas cadeiras?
Logo
mais, contudo, percebi que há razão para tantas delas, pois esperar faz parte
do itinerário de quem pretende ter a boa nova. De quem quer fazer o melhor [...
lembro-me bem de minha mãe esperando-me na porta, na cadeira, e servia-lhe.
Muito...]. Eu também esperava todas aquelas cadeiras com pessoas. Fui demasiado
egoísta. Mesmo. Em querer tantos assentos no meu lar. [ No lar.].
Depois
descobri que nós humanos somos apenas filhos de Réia, sendo esperado por uma
bocarra aberta, qual o deus Chronos na espreita e percalço dos destituidores.
Sim, sempre queremos está vencendo alguém, superando coisas, concorrendo posições
e isso nos torna filhos de Chronos. No entanto, vi que há somente canibalismo.
Pessoas comendo pessoas.
Passou-se
uns tempos e mais cadeiras, assentos e bancos se foram. Restaram almas,
suspiros de gente, lembranças cinza, gofadas de éter e ilusão.
O
sonido de uma canção leve está a rolar e a agudeza dessa percepção me faz
atravessar todos os recônditos da minha alma e vi que errei, mas acertei... Aliás,
mais do que errei.
Não
errei pelas cadeiras... Nem pelos assentos... Errei por pensar que, no final,
cadeiras foram feitas para unicamente sentar e fazer em seguida a saída de quem
nela senta. Ou seja, ela é movimento. Constante. Adeus assentados! Adeus, eu
vos abandono! Há uma assembleia em mim de cadeira vazias!
Chico
Carneiro
Concluído
em:
11/12/2015
10:43
hs
quarta-feira, 25 de março de 2015
II PÁRIA - POESIA DA MADRUGADA ICOENSE
II Pária - Poesia da madrugada Icoense.
Olha só quem chegou para balançar o cenário cultura da cidade de Icó - Ceará mais uma vez! Pois é, vamos dar início ao nosso calendário de eventos culturais do Coletivo Chá das Cinco abrindo com o nosso Sarau Poético que tem uma formatação toda especial para você que é amante da poesia marginal, boca do lixo, mas também romântica e cheia de lua e vinho. Teremos intervenções espontâneas do público e também muita música com Aline Barbosa e Bruno Kaoss. Sejamos, então, errantes da madrugada icoense recitando poesias na nossa segunda edição do sarau.
II Pária - Poesia da Madrugada acontecerá no próximo dia 11 de Abril de 2015,
a partir das 22:30 horas.
Classificação indicativa: + 16 anos.
Local: Calçada do Teatro da Ribeira dos Icós - Largo do Theberg.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
PARRHESIA CÍNICA - A PERFORMANCE
Fotografia:
Bruno Lima e Alexia Yamanaka
https://www.flickr.com/photos/yamanakalexia/
https://www.flickr.com/photos/hardflash/
https://www.facebook.com/AlexiaYamanakaFotografia
https://www.facebook.com/hardflashbl
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
PARRHESIA CÍNICA - COPROFAGIA II
Vídeo performático do Parrhesia Cínica
Modelo: Thais Bianchinni III
Vídeo: Chico Carneiro
Trilha sonora: Vangelis
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
PARRHESIA CÍNICA - ROUND #2
Fotografia: Alexia Yamanaka e Bruno Lima
Modelo: Chico Carneiro
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